terça-feira, 14 de janeiro de 2014

[Quebrada] Cap. 7 Conforme o tempo passa

Cap. 7 – Conforme o tempo passa

1, 2, 3… E… Virou! – Os meninos gritaram na sala da dona Carmen, mãe do Andrew.

O líquido queimou minha garganta e eu balancei a cabeça como se fosse mudar alguma coisa, não mudou. Continuou queimando um pouco enquanto eles riam.

Primeira vez que mistura né? – Um deles falou.

É. – Respondi e finalmente me apresentei. – Leah Clearwater.

Shane O’Bridge. Aquele lerdo ali é o Trey Roberts e o Andrew você já conhece.

Sim. – Concordei e eles se calaram abruptamente enquanto o som da TV era aumentado.

Mais boatos absurdos sobre a Mércile, grande rede de farmácias e hospitais escapam na mídia. Os grandes representantes da marca negam todos. Será que é verdade? Estaria, a Mércile, fazendo experiências em humanos? Quanto disso pode ser real e quanto é resultado da ficção que vemos em filmes? Essas e outras perguntas ainda não foram respondidas e quanto mais ligamos, mais eles se negam a nos responder. Haverá um fundo de verdade nesse poço de mentiras? Com vocês, Clara Muniz.

Isso é mentira, certo? Impossível. É só ficç-

Achamos que pode ser verdade. – Trey disse e eu o vi acenar para o Shane que acenou pro Andrew. Alguma coisa tá estranha.

Lee você tá trabalhando na Mércile. – Andrew me lembrou o motivo de estarmos comemorando. – Fazem 6 meses já, acha que consegue alguma prova de que é verdade? Se pessoas-

Isso é loucura e eu posso não morrer de amores pelo meu trabalho, mas o dinheiro é bem vindo e você sabe disso.

Sei. – Andrew concordou e um homem com uma barriga que lembrava a do meu pai e uma cara rabugenta entrou na sala.

Olá, Srta. Clearwater. Eu sou Tim Oberto.

Oi. Como sabe quem eu sou?

Todo mundo sabe quem você é. Era a namorada do Sam e eram o casal modelo de La Push, os bonitinhos. – Andrew me disse com asco na voz, quando falou sobre Sam e eu. Girei os olhos, embora meu coração estivesse partindo outra vez. Nós jamais voltaremos por causa daquela droga! Eu odeio ser de La Push!

Sei que seu pai faleceu faz alguns meses e imagino que a situação de sua família seja um tanto quanto ruim, eu posso cobrir seu salário e dobrá-lo se fizer isso pra gente. Arrumar provas.

E porque eu faria algo assim? Como sabe que meu pai morreu? Andrew, você andou falando demais! – Questionei desconfiada e acusei meu amigo. – Eu duvido que algo assim exista, realmente.

Não falei nada. – Andrew se defendeu chateado comigo.

Não se lembra de mim, Leah? – O tal do Tim Oberto me questionou, mas eu nem imagino quem diabos ele seja.

Não.

Sou seu padrinho. – Ele sentou do meu lado e riu. – Sinto muito ser tão ocupado, de qualquer forma, preciso te explicar no quê preciso que se envolva. É importante, mesmo.

Você pode nos ajudar a provar sua teoria. – Trey entornou e continuou. – Ou a nossa. Podem haver pessoas sofrendo tortura atrás de tortura lá dentro, estamos preocupados, porque podia ser nós, nossos parentes… já pensou dessa forma? Pensei por um momento. Eu sou uma protetora, droga! Eu não posso deixar pessoas inocentes sofrendo…

Casar? – Eu gritei na sala da minha casa e olhei pro meu pai. Ele parecia feliz por eles, mas e eu? – Pai, como pode? Como pode apoiar esses traidores? Como? Eu sou a sua filha! Você devia escorraçar esses dois urubus daqui isso sim!

Filha…

Não! O senhor jamais será per-

A dor seguiu o meu corpo todo e circulou livremente. Um grito saiu estranho, parecia um uivo e eu caminhei pra frente, mas meus braços se moveram junto com minhas pernas.

De repente, o lobo que eu vi na floresta e jurei que tinha imaginado, saiu do corpo do Sam. Não exatamente assim, ele virou aquilo. Seu corpo, a pele lisa e morena ganhou pelos e virou aquela visão estranha.

“― Calma, estou aqui.”

Ele pensou, eu sabia que era pensamento porque ele esclareceu assim. E eu corri, eu  corri pra bem longe de casa.

Tentei pensar coerentemente, eu sou uma garota! Não um animal, isso, não sou um… Oh não! O que eu me tornei?

Eu estava vendo o meu reflexo na água e foi vendo-o que meu corpo retornou. Eu estava com dor no coração e medo de jamais voltar, mas eu voltei. Completamente nua, mas voltei.

Leah? – Congelei com a voz do Paul nas minhas costas. – Tudo bem?

Eu… eu…

Veste isso. – Ele me deu um blusão, era da Rachel. O que ele fazia com o sobretudo da Rachel?

O que você faz com o sobretudo da Rachel?

Estamos juntos. Veste isso, você tá tremendo. Vem, te levo pra casa.

Não. – Neguei e levantei mais rápido do que devia. A cabeça girou. – Não. – Eu corri pra longe.

Coloquei o sobretudo quando estava perto da orla da floresta. Nem me lembrei de pô-lo antes da minha corridinha, mas não liguei. Meu coração agitado combinava com meus pensamentos oblíquos e meus sentimentos conturbados. Nada fazia sentido, nada mesmo.

Caminhei rapidamente, o coração ainda estava martelando no peito. Entrei numa farmácia e respirei fundo. Caminhei até o balcão e pedi uma dipirona.

Aqui, moça bonita.

Eu sou. – Concordei mal-humorada.

Eu não devia fazer isso, mas… você é filha da Sue, não é? Suzanne Clearwater?

Sou. Porque? – Questionei irritada e em alerta. Será que eu estava… sei lá, com o rabo balançando? Olhei para trás e não vi nada além de mim.

Então é de confiança. – Ele tirou um papel do bolso e riscou uns números. – Se quiser trabalhar e ganhar alto, me telefone.

Ganhar alto? – Questionei, grana é um assunto delicado desde que… oh céus! Minha garganta ainda aperta só de pensar que o erro foi meu.

Sim, bem alto. – A porta abriu e eu guardei o bilhete, eu com certeza vou atrás desse trabalho.

Passei por Emily, que estava lá, conversando com o atendente. Ela fez um sinal para chamar a minha atenção, mas eu ignorei.

Leah? – Tim Oberto passou os dedos na frente dos meus olhos. – Está nos ouvindo?

Desculpe, não.

Estávamos dizendo que já temos algumas pessoas conosco, mas que precisamos de mais provas. Se alguém conseguir, mesmo que seja o mínimo, uma confirmação visual e começaremos a infiltrar agentes, só precisamos que pessoas nos ajudem. – Shane me atualizou e deu um sorriso vacilante. – E aí? Topa?

[…]

Eu não tenho nada a perder mesmo, pensei comigo mesma enquanto voltava para casa com Andrew. Ele parou o carro e me olhou, antes de destravar o carro.

Tem certeza disso? – Questionou-me, eu respirei fundo.

Tenho. – Ele destravou o carro respirando fundo. Eu desci e vi Embry sentado na escada da minha casa.

Aonde esteve? – Ele me questionou como se eu devesse-lhe satisfações!

Desde quando o que eu faço ou deixo de fazer interessa pra você e pro bando?

Não é por isso que perguntei. – Ele disse e suspirou. – Estava preocupado. Não confio nesse Andrew. Sei lá, ele é estranho.

Ele é legal.

Se você diz… Ele desdenhou e depois riu. Soava estranho na voz dele. Uma partida de videogame?

Eu nem queria topar, mas quando vi, já estava ganhando a segunda rodada no mortal kombat do Seth.

To Be Continued…

Eita! Será que é verdade que a Mércile tá fazendo experiências com humanos? Pessoal que leu “Fury” ou qualquer outro livro da série, sabe a resposta, mas por favor, imaginem que a história se passa uns 4 anos antes daquilo. Nesse ponto, estamos com 1 ano de distancia até Fury. Vou atualizando aqui em baixo a timeline, mais ou menos XD e vocês perceberão conforme leem também!


Espero que tenham gostado, até a próxima! #fome

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