Cap. 7 – Conforme o tempo passa
―
1, 2, 3… E… Virou! – Os meninos gritaram na sala da dona Carmen, mãe do Andrew.
O líquido queimou minha garganta e eu
balancei a cabeça como se fosse mudar alguma coisa, não mudou. Continuou
queimando um pouco enquanto eles riam.
―
Primeira vez que mistura né? – Um deles falou.
―
É. – Respondi e finalmente me apresentei. – Leah Clearwater.
―
Shane O’Bridge. Aquele lerdo ali é o Trey Roberts e o Andrew você já conhece.
―
Sim. – Concordei e eles se calaram abruptamente enquanto o som da TV era aumentado.
― Mais boatos absurdos sobre a Mércile, grande rede
de farmácias e hospitais escapam na mídia. Os grandes representantes da marca
negam todos. Será que é verdade? Estaria, a Mércile, fazendo experiências em
humanos? Quanto disso pode ser real e quanto é resultado da ficção que vemos em
filmes? Essas e outras perguntas ainda não foram respondidas e quanto mais
ligamos, mais eles se negam a nos responder. Haverá um fundo de verdade nesse
poço de mentiras? Com vocês, Clara Muniz.
―
Isso é mentira, certo? Impossível. É só ficç-
―
Achamos que pode ser verdade. – Trey disse e eu o vi acenar para o Shane que
acenou pro Andrew. Alguma coisa tá estranha.
―
Lee você tá trabalhando na Mércile. – Andrew me lembrou o motivo de estarmos
comemorando. – Fazem 6 meses já, acha que consegue alguma prova de que é
verdade? Se pessoas-
―
Isso é loucura e eu posso não morrer de amores pelo meu trabalho, mas o
dinheiro é bem vindo e você sabe disso.
―
Sei. – Andrew concordou e um homem com uma barriga que lembrava a do meu pai e
uma cara rabugenta entrou na sala.
―
Olá, Srta. Clearwater. Eu sou Tim Oberto.
―
Oi. Como sabe quem eu sou?
―
Todo mundo sabe quem você é. Era a namorada do Sam e eram o casal modelo de La
Push, os bonitinhos. – Andrew me disse com asco na voz, quando falou sobre Sam
e eu. Girei os olhos, embora meu coração estivesse partindo outra vez. Nós
jamais voltaremos por causa daquela droga! Eu odeio ser de La Push!
―
Sei que seu pai faleceu faz alguns meses e imagino que a situação de sua
família seja um tanto quanto ruim, eu posso cobrir seu salário e dobrá-lo se
fizer isso pra gente. Arrumar provas.
―
E porque eu faria algo assim? Como sabe que meu pai morreu? Andrew, você andou
falando demais! – Questionei desconfiada e acusei meu amigo. – Eu duvido que
algo assim exista, realmente.
―
Não falei nada. – Andrew se defendeu chateado comigo.
―
Não se lembra de mim, Leah? – O tal do Tim Oberto me questionou, mas eu nem
imagino quem diabos ele seja.
―
Não.
―
Sou seu padrinho. – Ele sentou do meu lado e riu. – Sinto muito ser tão
ocupado, de qualquer forma, preciso te explicar no quê preciso que se envolva.
É importante, mesmo.
―
Você pode nos ajudar a provar sua teoria. – Trey entornou e continuou. – Ou a
nossa. Podem haver pessoas sofrendo tortura atrás de tortura lá dentro, estamos
preocupados, porque podia ser nós, nossos parentes… já pensou dessa forma? ― Pensei por um momento. Eu sou
uma protetora, droga! Eu não posso deixar pessoas inocentes sofrendo…
― Casar? – Eu gritei na sala da minha casa e olhei
pro meu pai. Ele parecia feliz por eles, mas e eu? – Pai, como pode? Como pode
apoiar esses traidores? Como? Eu sou a sua filha! Você devia escorraçar esses
dois urubus daqui isso sim!
― Filha…
― Não! O senhor jamais será per-
A
dor seguiu o meu corpo todo e circulou livremente. Um grito saiu estranho,
parecia um uivo e eu caminhei pra frente, mas meus braços se moveram junto com
minhas pernas.
De
repente, o lobo que eu vi na floresta e jurei que tinha imaginado, saiu do
corpo do Sam. Não exatamente assim, ele virou aquilo. Seu corpo, a pele lisa e
morena ganhou pelos e virou aquela visão estranha.
“― Calma, estou aqui.”
Ele
pensou, eu sabia que era pensamento porque ele esclareceu assim. E eu corri,
eu corri pra bem longe de casa.
Tentei
pensar coerentemente, eu sou uma garota! Não um animal, isso, não sou um… Oh
não! O que eu me tornei?
Eu
estava vendo o meu reflexo na água e foi vendo-o que meu corpo retornou. Eu
estava com dor no coração e medo de jamais voltar, mas eu voltei. Completamente
nua, mas voltei.
― Leah? – Congelei com a voz do Paul nas minhas
costas. – Tudo bem?
― Eu… eu…
― Veste isso. – Ele me deu um blusão, era da Rachel.
O que ele fazia com o sobretudo da Rachel?
― O que você faz com o sobretudo da Rachel?
― Estamos juntos. Veste isso, você tá tremendo. Vem,
te levo pra casa.
― Não. – Neguei e levantei mais rápido do que devia.
A cabeça girou. – Não. – Eu corri pra longe.
Coloquei
o sobretudo quando estava perto da orla da floresta. Nem me lembrei de pô-lo
antes da minha corridinha, mas não liguei. Meu coração agitado combinava com
meus pensamentos oblíquos e meus sentimentos conturbados. Nada fazia sentido,
nada mesmo.
Caminhei
rapidamente, o coração ainda estava martelando no peito. Entrei numa farmácia e
respirei fundo. Caminhei até o balcão e pedi uma dipirona.
― Aqui, moça bonita.
― Eu sou. – Concordei mal-humorada.
― Eu não devia fazer isso, mas… você é filha da Sue,
não é? Suzanne Clearwater?
― Sou. Porque? – Questionei irritada e em alerta.
Será que eu estava… sei lá, com o rabo balançando? Olhei para trás e não vi
nada além de mim.
― Então é de confiança. – Ele tirou um papel do bolso
e riscou uns números. – Se quiser trabalhar e ganhar alto, me telefone.
― Ganhar alto? – Questionei, grana é um assunto
delicado desde que… oh céus! Minha garganta ainda aperta só de pensar que o
erro foi meu.
― Sim, bem alto. – A porta abriu e eu guardei o
bilhete, eu com certeza vou atrás desse trabalho.
Passei
por Emily, que estava lá, conversando com o atendente. Ela fez um sinal para
chamar a minha atenção, mas eu ignorei.
―
Leah? – Tim Oberto passou os dedos na frente dos meus olhos. – Está nos
ouvindo?
―
Desculpe, não.
―
Estávamos dizendo que já temos algumas pessoas conosco, mas que precisamos de
mais provas. Se alguém conseguir, mesmo que seja o mínimo, uma confirmação
visual e começaremos a infiltrar agentes, só precisamos que pessoas nos ajudem.
– Shane me atualizou e deu um sorriso vacilante. – E aí? Topa?
[…]
Eu não tenho nada a perder mesmo, pensei
comigo mesma enquanto voltava para casa com Andrew. Ele parou o carro e me
olhou, antes de destravar o carro.
―
Tem certeza disso? – Questionou-me, eu respirei fundo.
―
Tenho. – Ele destravou o carro respirando fundo. Eu desci e vi Embry sentado na
escada da minha casa.
―
Aonde esteve? – Ele me questionou como se eu devesse-lhe satisfações!
―
Desde quando o que eu faço ou deixo de fazer interessa pra você e pro bando?
―
Não é por isso que perguntei. – Ele disse e suspirou. – Estava preocupado. Não
confio nesse Andrew. Sei lá, ele é estranho.
―
Ele é legal.
―
Se você diz… ― Ele desdenhou e
depois riu. Soava estranho na voz dele. ―
Uma partida de videogame?
Eu nem queria topar, mas quando vi, já
estava ganhando a segunda rodada no mortal
kombat do Seth.
To Be Continued…
Eita! Será que é verdade que a Mércile
tá fazendo experiências com humanos? Pessoal que leu “Fury” ou qualquer outro
livro da série, sabe a resposta, mas por favor, imaginem que a história se
passa uns 4 anos antes daquilo. Nesse ponto, estamos com 1 ano de distancia até
Fury. Vou atualizando aqui em baixo a timeline, mais ou menos XD e vocês
perceberão conforme leem também!
Espero que tenham gostado, até a
próxima! #fome
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