Cap. 5 – Eles são um ícone
Eu guardei meu vestido num canto escuro
do meu guarda-roupas. Não ia no baile mesmo!
―
Ainda acho que você devia ir. – Kim, uma amiga minha disse sentada na minha
cama. – Vai ser legal e Sam pode ter ver linda e voltar pra você!
―
Ele disse pra ela que ama mais ela do que eu! Como ele pode? – Queixei-me,
sentando do seu lado na cama. – Me sinto como lixo, verdadeiramente como lixo.
―
Bom… ele deve ter tido os motivos dele!
―
Acho que vou ficar pra titia.
―
Você é linda, não vai.
―
Todo mundo usa esse argumento. Eu não tenho só peitos!
―
Não, tem uma bunda bonita também. – Ela riu enquanto eu a fuzilava de mentira.
– Vai mesmo recusar o vara pau do Andrew?
―
Vou. Não rola entre a gente. Ele é poste demais. – Eu ri com ela.
―
Oi Kim! – Emily disse na porta e fez menção de entrar no quarto. Eu não deixei.
―
Fica aí, aqui você não entra, sua traidora.
―
Traidora porque? – Kim quis saber confusa.
―
Emily está doida pra dar pro meu Sam!
―
Isso não é verdade! Não vou mentir, estou interessada sim, mas ainda não fiquei
com ele em consideração a você! Eu te adoro, prima! Por favor, não fica assim!
Não pode voltar a ser minha amiga?
―
Não. ― Respondi sem me
importar. – Eu não gosto de gente como você.
―
Uh! – Kim exclamou enquanto ela saia daqui. – Você foi má agora.
―
Não tô nem ligando! Ela quer mesmo!
―
Quem não quer? Sam é muito bonito, com todo respeito, claro!
―
Eu sei disso. Confio em você.
―
E seus pais? Eles devem estar putos né?
―
Nada! Mamãe quer me casar com o otário do Andrew e meu pai disse que assim foi
melhor! Melhor pra quem?
―
Talvez ele ache que Sam não é bom o suficiente pra você…
―
Ou está com medo de eu engravidar. – Rimos, eu sou cuidadosa demais pra correr
um risco desses.
―
Mas você devia sair mais… sei que é recente, mas você deveria.
―
Não quero. Eu só quero o Sam.
―
Eu sei. – Ela se condoeu com minha situação. – Mudando de pau pra cacete, você
viu o noticiário ontem? Dizem que pode ser que aquelas indústrias Mércile
estejam fazendo experimentos em humanos! Eu imagino e fico horrorizada!
―
Nem me fale!
Meses depois…
A vida seguiu calmamente.
Rachel não veio naquele verão. Ela não
pode. Mas disse que eu devia ir para lá. Eu não queria. Eu queria estar aqui e
tentar reconquistar Sam.
Eu voltei a me arrumar e a trabalhar na
loja. Minha mãe ficou toda feliz, mas eu continuava distante dos meus pais.
Eu tinha ido comprar umas coisas pro
jantar, que mamãe pediu e acidentalmente –
porque eu não acredito nem um pouco que tenha sido coincidência encontrar
Andrew andando pelo mercado mais longe de La Push, numa área perto da floresta,
onde ninguém anda – encontrei Andrew.
Ele deu um sorriso vacilante, eu não
sorri de volta.
―
Oi, Lee?
―
É Leah pra você.
―
Oh… estava pensando…
―
Nem tenta pensar demais, burro do jeito que você é, pode sair fumaça. – Ri e
ele sorriu sem jeito. Tá, chega de ser má com ele, pelo menos ele não fica me
dizendo que foi melhor assim.
―
Quer sair comigo? Qualquer dia desses… ouvi dizer que tem um fil-
―
Não. – O cortei. E olhei séria pra ele. – Minha mãe te disse que eu vim aqui
não foi?
―
Foi, mas eu… eu estou interessado em você, Leah.
―
Não quero ser nem sua amiga, porque, me diz apenas isso, porque você acha que
eu iria querer sair com você? Você acha o quê? Que porque o Sam terminou tudo
que eu não sou mais dele? Nós vamos voltar, assim que ele se tratar e parar de
agir como um débil mental.
―
Não vão. Todo mundo já sabe disso.
Uma respiração minha falhou e eu fiquei
com muita raiva. Meu corpo começou a tremer e eu não estava ligando para isso,
será que eu vou ter um derrame ou qualquer coisa assim? Se for pra ter, que
pelo menos me mate.
―
O que quer dizer com isso, vara pau?
―
Que os dois vão casar. Todo mundo sabe disso. Sam já contou pra metade de La
Push que eles são um ícone e que vão casar assim que a Emily der o sinal verde.
Droga.
― Tenho que ir.
―
Leah, não. – Andrew disse ainda na minha frente e segurou o meu rosto nas mãos,
eu me afastei. O toque me dava nojo. Andrew me dá nojo porque me lembra que é o
que minha mãe tanto quer, um casamento promissor. Idiota, burra! Porque você
tinha que se apaixonar por Sam?
Porque ele é tudo e mais um pouco? Eu
mesma me respondi. Qualquer uma teria muita sorte em ter Sam na sua vida.
―
Não o que? Ein, Andrew? Você não tem chance comigo, parte pra outra! – Caminhei
rápido, não estava longe de casa.
―
Eu quero você e você vai me querer também. Quando esquecer aquele lá! Eu posso
te ajudar com-
―
Eu não quero você! – Eu gritei, já estava em frente de casa e o olhei. – Eu
tenho nojo de você, nojo! Sabe porque? – Baixei o tom, para um tom mais normal,
ele assentiu negativamente e eu continuei: ―
Porque você é tão fraco que nem pra conseguir alguém que te queira você serve.
Eu. Nunca. Vou. Te. Querer. Entendeu? Nunca. – Eu me virei pra entrar, mas ele
puxou o meu braço de novo.
―
Porque? Eu sou um bom partido.
―
Isso é tudo o que tem pra oferecer? É um babaca mesmo. – Eu puxei o meu braço
enquanto ele me olhava magoado e ouvíamos a porta abrir.
―
Andrew, que surpresa! – Minha mãe ensaiou, a olhei desdenhosa. – Quer ficar pra
jantar?
―
Eu adoraria, dona Sue.
Droga.
Entrei em casa. De repente, eu não
estava com fome.
―
Ah que bom! Andrew e você se encontraram? – Papai sorriu sugestivamente, lhe
mandei um olhar frio.
―
Não, minha mãe armou o encontro. As coisas estão aí, vou subir.
―
Mas nós já vamos jantar! – Minha mãe protestou.
―
Eu perdi a fome. – Justifiquei caminhando pra escada.
―
Come pelo menos um pouco, Leah. – Andrew insistiu, minha paciência que já
estava curta foi quase toda pro espaço.
―
Não. E você não manda em mim, deixe-me em paz.
―
Leah! – Minha mãe me reprimiu. – Sente-se e coma! – Ela mandou-me apontando a
mesa. Emily veio da cozinha, sorrindo no celular e respondendo a mensagem de
alguém. Eu podia apostar que sabia de cor o número do remetente.
―
Não. Não estou com fome e você não pode me obrigar.
―
Harry!
―
Filha, por favor. Olha a visita.
―
Que se foda a visita! Estou cansada de vocês fingindo que está tudo bem, eu não
quero sair com esse vara pau! Caralho, será que é difícil de entender, mãe?
Ein, Sue? É difícil de entender?
―
Já são 8 meses, Leah. – Emily frisou, a encarei friamente.
―
E você o que tem haver com a conversa sua parasita?
―
Acho melhor eu ir embora. – Andrew disse e olhei pra ele, ele estava olhando pra
mim e parecia decepcionado, que se fodam suas expectativas, eu não o quero. Eu
só quero o meu Sam.
―
De jeito nenhum, And. – Minha mãe disse acenando com a mão calmamente. –
Sente-se e você, mocinha, sente-se e comporte-se.
Bufei e me sentei no lugar do Seth. De
jeito nenhum que eu ia ficar cara a cara com o maldito do Andrew.
―
Ah… Andrew, troca de lugar comigo? – A maldita da Emily tinha que pedir.
―
Claro. – Ele disse todo gentil e sorriu pra mim. – Estamos frente a frente
agora, Lee.
―
É Leah pra você, vara pau. E isso que você disse até um demente mental percebe.
– Lhe disse massacrando a carne no meu prato, meu humor indo de mau a pior em
segundos.
Droga de vida.
To Be Continued…
E quase um ano se foi… mas a nossa Leah
continua mal com o término. Será que é verdade o que Andrew disse?
Comentem, vejo vocês no próximo!
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