terça-feira, 31 de dezembro de 2013

[Quebrada] Cap. 5 - Eles são um ícone

Cap. 5 – Eles são um ícone

Eu guardei meu vestido num canto escuro do meu guarda-roupas. Não ia no baile mesmo!

Ainda acho que você devia ir. – Kim, uma amiga minha disse sentada na minha cama. – Vai ser legal e Sam pode ter ver linda e voltar pra você!

Ele disse pra ela que ama mais ela do que eu! Como ele pode? – Queixei-me, sentando do seu lado na cama. – Me sinto como lixo, verdadeiramente como lixo.

Bom… ele deve ter tido os motivos dele!

Acho que vou ficar pra titia.

Você é linda, não vai.

Todo mundo usa esse argumento. Eu não tenho só peitos!

Não, tem uma bunda bonita também. – Ela riu enquanto eu a fuzilava de mentira. – Vai mesmo recusar o vara pau do Andrew?

Vou. Não rola entre a gente. Ele é poste demais. – Eu ri com ela.

Oi Kim! – Emily disse na porta e fez menção de entrar no quarto. Eu não deixei.

Fica aí, aqui você não entra, sua traidora.

Traidora porque? – Kim quis saber confusa.

Emily está doida pra dar pro meu Sam!

Isso não é verdade! Não vou mentir, estou interessada sim, mas ainda não fiquei com ele em consideração a você! Eu te adoro, prima! Por favor, não fica assim! Não pode voltar a ser minha amiga?

Não. Respondi sem me importar. – Eu não gosto de gente como você.

Uh! – Kim exclamou enquanto ela saia daqui. – Você foi má agora.

Não tô nem ligando! Ela quer mesmo!

Quem não quer? Sam é muito bonito, com todo respeito, claro!

Eu sei disso. Confio em você.

E seus pais? Eles devem estar putos né?

Nada! Mamãe quer me casar com o otário do Andrew e meu pai disse que assim foi melhor! Melhor pra quem?

Talvez ele ache que Sam não é bom o suficiente pra você…

Ou está com medo de eu engravidar. – Rimos, eu sou cuidadosa demais pra correr um risco desses.

Mas você devia sair mais… sei que é recente, mas você deveria.

Não quero. Eu só quero o Sam.

Eu sei. – Ela se condoeu com minha situação. – Mudando de pau pra cacete, você viu o noticiário ontem? Dizem que pode ser que aquelas indústrias Mércile estejam fazendo experimentos em humanos! Eu imagino e fico horrorizada!

Nem me fale!

Meses depois…

A vida seguiu calmamente.

Rachel não veio naquele verão. Ela não pode. Mas disse que eu devia ir para lá. Eu não queria. Eu queria estar aqui e tentar reconquistar Sam.

Eu voltei a me arrumar e a trabalhar na loja. Minha mãe ficou toda feliz, mas eu continuava distante dos meus pais.

Eu tinha ido comprar umas coisas pro jantar, que mamãe pediu e acidentalmente – porque eu não acredito nem um pouco que tenha sido coincidência encontrar Andrew andando pelo mercado mais longe de La Push, numa área perto da floresta, onde ninguém anda – encontrei Andrew.

Ele deu um sorriso vacilante, eu não sorri de volta.

Oi, Lee?

É Leah pra você.

Oh… estava pensando…

Nem tenta pensar demais, burro do jeito que você é, pode sair fumaça. – Ri e ele sorriu sem jeito. Tá, chega de ser má com ele, pelo menos ele não fica me dizendo que foi melhor assim.

Quer sair comigo? Qualquer dia desses… ouvi dizer que tem um fil-

Não. – O cortei. E olhei séria pra ele. – Minha mãe te disse que eu vim aqui não foi?

Foi, mas eu… eu estou interessado em você, Leah.

Não quero ser nem sua amiga, porque, me diz apenas isso, porque você acha que eu iria querer sair com você? Você acha o quê? Que porque o Sam terminou tudo que eu não sou mais dele? Nós vamos voltar, assim que ele se tratar e parar de agir como um débil mental.

Não vão. Todo mundo já sabe disso.

Uma respiração minha falhou e eu fiquei com muita raiva. Meu corpo começou a tremer e eu não estava ligando para isso, será que eu vou ter um derrame ou qualquer coisa assim? Se for pra ter, que pelo menos me mate.

O que quer dizer com isso, vara pau?

Que os dois vão casar. Todo mundo sabe disso. Sam já contou pra metade de La Push que eles são um ícone e que vão casar assim que a Emily der o sinal verde.

Droga.

― Tenho que ir.

Leah, não. – Andrew disse ainda na minha frente e segurou o meu rosto nas mãos, eu me afastei. O toque me dava nojo. Andrew me dá nojo porque me lembra que é o que minha mãe tanto quer, um casamento promissor. Idiota, burra! Porque você tinha que se apaixonar por Sam?

Porque ele é tudo e mais um pouco? Eu mesma me respondi. Qualquer uma teria muita sorte em ter Sam na sua vida.

Não o que? Ein, Andrew? Você não tem chance comigo, parte pra outra! – Caminhei rápido, não estava longe de casa.

Eu quero você e você vai me querer também. Quando esquecer aquele lá! Eu posso te ajudar com-

Eu não quero você! – Eu gritei, já estava em frente de casa e o olhei. – Eu tenho nojo de você, nojo! Sabe porque? – Baixei o tom, para um tom mais normal, ele assentiu negativamente e eu continuei: Porque você é tão fraco que nem pra conseguir alguém que te queira você serve. Eu. Nunca. Vou. Te. Querer. Entendeu? Nunca. – Eu me virei pra entrar, mas ele puxou o meu braço de novo.

Porque? Eu sou um bom partido.

Isso é tudo o que tem pra oferecer? É um babaca mesmo. – Eu puxei o meu braço enquanto ele me olhava magoado e ouvíamos a porta abrir.

Andrew, que surpresa! – Minha mãe ensaiou, a olhei desdenhosa. – Quer ficar pra jantar?

Eu adoraria, dona Sue.

Droga.

Entrei em casa. De repente, eu não estava com fome.

Ah que bom! Andrew e você se encontraram? – Papai sorriu sugestivamente, lhe mandei um olhar frio.

Não, minha mãe armou o encontro. As coisas estão aí, vou subir.

Mas nós já vamos jantar! – Minha mãe protestou.

Eu perdi a fome. – Justifiquei caminhando pra escada.

Come pelo menos um pouco, Leah. – Andrew insistiu, minha paciência que já estava curta foi quase toda pro espaço.

Não. E você não manda em mim, deixe-me em paz.

Leah! – Minha mãe me reprimiu. – Sente-se e coma! – Ela mandou-me apontando a mesa. Emily veio da cozinha, sorrindo no celular e respondendo a mensagem de alguém. Eu podia apostar que sabia de cor o número do remetente.

Não. Não estou com fome e você não pode me obrigar.

Harry!

Filha, por favor. Olha a visita.

Que se foda a visita! Estou cansada de vocês fingindo que está tudo bem, eu não quero sair com esse vara pau! Caralho, será que é difícil de entender, mãe? Ein, Sue? É difícil de entender?

Já são 8 meses, Leah. – Emily frisou, a encarei friamente.

E você o que tem haver com a conversa sua parasita?

Acho melhor eu ir embora. – Andrew disse e olhei pra ele, ele estava olhando pra mim e parecia decepcionado, que se fodam suas expectativas, eu não o quero. Eu só quero o meu Sam.

De jeito nenhum, And. – Minha mãe disse acenando com a mão calmamente. – Sente-se e você, mocinha, sente-se e comporte-se.

Bufei e me sentei no lugar do Seth. De jeito nenhum que eu ia ficar cara a cara com o maldito do Andrew.

Ah… Andrew, troca de lugar comigo? – A maldita da Emily tinha que pedir.

Claro. – Ele disse todo gentil e sorriu pra mim. – Estamos frente a frente agora, Lee.

É Leah pra você, vara pau. E isso que você disse até um demente mental percebe. – Lhe disse massacrando a carne no meu prato, meu humor indo de mau a pior em segundos.

Droga de vida.

To Be Continued…

E quase um ano se foi… mas a nossa Leah continua mal com o término. Será que é verdade o que Andrew disse?

Comentem, vejo vocês no próximo!

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